Como vocês sabem, os três primeiros jogos da franquia receberam expansões, das quais não possuem muitos detalhes em relação aos seus enredos, já que não há a presença de FMV’s ou cutscenes. Neste breve artigo especial nós iremos aprofundar um pouco mais sobre isso, baseado em manuais dos jogos, comentários dos desenvolvedores, etc.
A expansão do primeiro jogo da saga (chamada de Tomb Raider Gold: Unfinished Business) consta com quatro fases adicionais. Duas no Egito e duas em Atlântida.
A estátua do gato encontrada no jogo original despertou uma série de ideias nos desenvolvedores – e se Lara retornasse à Khamoon para investigar? E se as ruínas fossem inundadas? E se a estátua do gato na verdade levasse à uma outra tumba secreta – dedicada à lendária deusa-gato? Eles então desenvolveram um enredo bem voltado à isso, presente em murais, hieróglifos, etc.
A ideia por trás de Unfinished Business foi criar um final alternativo ou uma continuação do jogo original (tanto que em Atlantean Stronghold Lara começa a fase deslizando pela mesma rampa do final do primeiro jogo), onde Lara deveria enfrentar uma horda de criaturas alienígenas que estão defendendo sua colmeia. No entanto, devido a um erro de programação, as duas fases no Egito acabaram se tornando as duas primeiras ao invés das duas últimas, deixando então seu enredo assim:
Shadow of the Cat: Após a recente enchente em Khamoon, Lara retorna à tumba do local para saber mais sobre a misteriosa estátua do gato que chamou a atenção dela na primeira visita. Devido a enchente, Lara consegue explorar novos locais da cidade e eventualmente descobre a existência de um templo dedicado à deusa-gato Bast, que guarda uma enorme estátua do gato dourada.
Unfinished Business: Lara retorna às ruínas de Atlântida para eliminar o restante do exército mutante e destruir sua incubadora, para que eles nunca mais incomodem a humanidade novamente.
A expansão é classificada como um desafio para experts.
A expansão do segundo jogo da saga (chamada de Tomb Raider II Gold: The Golden Mask) conta com quatro fases novas e mais uma fase bônus (que se passa na mente de Lara) para quem coletar todos os segredos. É a única expansão que não há nenhuma relação com o jogo principal.
O jogo teria uma FMV inicial que acabou sendo cortada por falta de tempo no desenvolvimento. Porém existem alguns storyboards, resgatados do antigo site oficial, que vocês podem conferir abaixo:
Durante o dia-a-dia de sua pesquisa investigativa, Lara encontra algumas pistas que remetem à uma pequena ilha no Mar de Bering – a Ilha de Melnikov: uma fotografia borrada mostrando um nativo caçador de baleias segurando o que parece ser uma antiga máscara dourada; um jornal velho de 1945 mencionando um conflito sobre uma descoberta de ouro no Alasca e desenhos que levam à algum tipo de base militar Soviética.
Presa à ideia de encontrar a máscara, Lara descobre que pode ser a Máscara Dourada de Tornarsuk que foi perdida há muito tempo – um “grande espírito” que dizem conceder poderes de re-animação à quem a possuir.
A expansão do terceiro jogo da saga (chamada de Tomb Raider III Gold: The Lost Artifact) conta com seis fases novas e continua exatamente de onde o terceiro jogo parou.
Havia se passado apenas poucos minutos desde que a horrenda criatura em que o Dr. Willard havia se transformado soltou o último suspiro do seu ciclo de vida violentamente curto. O experimento havia fracassado, o brilho da imortalidade havia voltado para as estrelas de onde tinha vindo.
Lara observa em silêncio, sem perceber a pressão do cortante vento antártico. De repente, uma figura esfarrapada surge do escuro precipício da caverna do meteoro – é Willard, um humano renascido, mas nos estertores da morte. Uma mão acena desesperadamente, uma última gargalhada gutural rompe o silêncio, a figura cai para frente e permanece imóvel.
Com neve já formando uma fantasmagórica mortalha sobre o corpo, Lara rapidamente pega um objeto da mão do cadáver. Uma carteira, com seu monograma, W, encostado tristemente nos restos mortais de Willard. Dentro, a coleção usual de recordações rasgadas, uma mistura de moedas estrangeiras e… “mas não pode ser!” Uma expressão familiar atravessa o rosto de Lara – uma sobrancelha erguida por um sorriso misterioso e de reconhecimento.
Diante dos seus olhos, um telegrama pedindo o retorno imediato para tomar posse de outro artefato, protegido sob a névoa escocesa, na mansão de Willard em Loch Ness. “A aventura continua“, diz Lara, apenas para a gargalhada tenebrosa de Willard, ainda soando em seus ouvidos.
“Então há um quinto…“
O restante… só jogando para saber!
Espero que tenham gostado!