Tomb Raider IV-VI Remastered Review - Lara Croft BR
Notícias

Tomb Raider IV-VI Remastered Review

Tomb Raider IV-VI Remastered Review

No momento em que escrevo este artigo, apenas terminei o Tomb Raider: The Last Revelation, mas já testei o suficiente do Chronicles e do Angel of Darkness para formar uma opinião mais assertiva. Conforme eu for terminando os outros jogos, atualizarei este post com mais imagens.

Gráficos

A primeira coisa que ficou evidente para mim é que esta coleção de remasters teve mais atenção aos detalhes gráficos do que a primeira coleção. Pelo menos em relação ao The Last Revelation e ao Chronicles. Acredito que por ser uma coleção com menos fases do que a anterior (que incluía todas as expansões), os desenvolvedores tiveram mais tempo para trabalhar nisso. Diversas escadas e texturas agora estão em 3D, evidenciando detalhes que passavam despercebidos antes. Entretanto, é notável que nas fases de Gizé (a última seção do TR4) a qualidade cai, ficando bem parecido com o que recebemos em boa parte do TR2 Remastered.

Já o Angel of Darkness teve apenas uma melhoria nas suas texturas e modelos. Nada foi alterado em sua geometria ou iluminação do ambiente. Às vezes trocando entre o modo clássico e remasterizado fica até difícil de dizer qual é qual. Talvez por se tratar de um motor gráfico pouco conhecido pelos desenvolvedores até então.

Outra coisa legal é que agora temos uma opção que permite jogar o modo clássico em 60fps!

Controles

Em relação aos controles do TR4 e 5, o esquema de controle moderno teve uma melhora significativa na minha opinião. Na primeira coleção eu optei por jogar com os controles tanque, mas nessa joguei todos com os controles modernos. Agora você pode simplesmente segurar o botão de Olhar e apertar para trás para Lara dar seu ‘pulinho para trás’, para se preparar para saltos mais precisos, sem precisar ficar com as armas empunhadas. E não precisamos mais ficar com o botão de empunhar as armas pressionado o tempo todo para entrar em combate. Mesma coisa em relação aos botões de correr e agachar. Todos tem uma opção onde você escolhe se quer que segure ou apenas pressione para executar, além de podermos personalizar qualquer comando com o botão de sua escolha. Espero que tragam essas melhorias para a primeira coleção de remasters também!

Quando Lara estiver agachada em espaços pequenos e você quiser sair em segurança (sem se jogar para não morrer), uma dica: segure o botão de Andar devagar e vá para trás para fazer com que Lara saia do espaço em segurança. Outros comandos muito úteis são o de segurar o botão de Ação ao cair de qualquer borda, que faz com que a Lara se pendure automaticamente na borda e o de rolar enquanto ela está agachada, para agilizar momentos mais tediosos. Ambos já estavam presentes na primeira coleção.

A única coisa que não gostei em relação aos controles modernos é que em alguns cenários específicos, a câmera muda para uma posição fixa, deixando os controles completamente confusos. Em alguns momentos é possível apertar o botão de Olhar para voltar à câmera normal, mas em outros momentos isso não é possível, como no segundo andar da The Lost Library, no TR4.

Os controles do AOD, que eram o maior defeito do jogo, também tiveram uma melhora significativa. Lara se move mais fluidamente, se esbarra menos nos objetos e no cenário, mas ainda sim está meio aquém do esperado, principalmente se compararmos a fluidez dos controles modernos implementada nos outros cinco jogos. Em cenários mais apertados a câmera às vezes pode ficar meio bugada e atrapalhar os controles e a jogatina, mas acredito que isso será corrigido por meio de atualizações no futuro.

Outra coisa é que na primeira fase, alguns tutoriais vem em forma de texto e fazem com que a Lara não ande até você pular o texto, o que é irritante. E nesses textos somente é descrito que tipo de ação que você precisa executar e não o botão correto. Se mudassem isso já ajudaria muito novos jogadores!

Adições

A melhor adição nessa remasterização sem dúvidas é o QuickSave. Pressionando o botão do TouchPad + R3 podemos salvar o jogo na hora, sem precisar abrir o inventário. TouchPad + L3 para utilizar o QuickLoad. Isso otimiza e muito a jogatina e torna os jogos mais prazerosos de se jogar.

No AOD, algumas linhas de diálogo que estavam presentes nos arquivos do jogo mas que por algum motivo foram cortadas de seu lançamento, foram implementadas nessa remasterização, assim como variações em tom de algumas outras falas também foram incluídas. O notebook de Werner conta com novas páginas, você pode comprar e vender itens na casa de penhores e no herbalista também!

O modo foto também retorna com diversas novas poses e roupas para escolhermos e houve também a inclusão de um sistema de câmera cinematográfica, para você gravar vídeos! Entretanto, no AOD essa seleção de roupas e de poses é limitada às animações já presentes no jogo original.

O AOD, por sua vez, vem com sua dublagem em português do Brasil, incluída no relançamento do jogo em território brasileiro pela CD Editora em 2008. A CD Editora era uma subsidiária da GreenLeaf, a representante oficial no Brasil das versões de PC dos jogos da Eidos Interactive, que era a dona original dos direitos da franquia.

Uma coisa que senti falta no AOD foi não terem adicionado mais inimigos, nem terem aumentado o HP dos inimigos, como foi feito pelos mods de fãs no passado para não deixar o jogo tão “vazio” e “fácil demais”, principalmente nas áreas iniciais. E poderiam ter restaurado mais linhas de diálogos perdidas também.

Observações

Assim como no I-III Remastered, as falas de tutorial da Lara foram omitidas das versões de console do jogo, por regras impostas pela Sony/Microsoft/Nintendo, onde o personagem precisa falar o nome do botão específico e não da ação sendo executada. Como são jogos mais antigos, não há como gravar novas linhas de diálogo para cada console diferente, então nesse ponto acredito que a Aspyr/Saber não devam de levar a culpa.

Também presenciei alguns bugs de áudio, com a Lara falando bem baixinho no AOD às vezes e alguns dos personagens não tiveram seus modelos graficamente atualizados. Acredito que será corrigido futuramente.

Conclusões finais

Intitulada de ‘Darkness Trilogy‘, essa coleção é sem dúvidas a forma definitiva de se jogar esses jogos clássicos. Dos três jogos incluídos, apenas o The Last Revelation é visto bom bons olhos pelo mundo gamer, mas isso não é motivo para não melhorarmos e preservamos os outros dois jogos para que uma nova geração de jogadores conheça o legado de Lara Croft. O Chronicles foi muito caprichado visualmente, dando a ele um novo ar e o Angel of Darkness precisaria de um remake para a justiça ser feita, pois esse jogo merece muito, mas pelo menos agora ele terá uma chance de se redimir e acredito fielmente em novas atualizações, assim como na primeira coleção de remasters, que elevará o potencial desses três jogos menos conhecidos da franquia.

Nota: 9/10

Um agradecimento especial a Crystal Dynamics, que nos ofereceu uma cópia do jogo para PlayStation 5 para avaliarmos.

Sobre o autor

Gian Carlo