As jornadas anteriores de Lara Croft a levaram para adagas mágicas que diziam servir para comandar antigos exércitos e para submundos nórdicos, a fim de reunir a arcaica armadura que diziam pertencer aos deuses. A façanha de Tomb Raider sempre leva Lara a aventuras selvagens, mas essas aventuras são sempre baseadas em algum folclore da vida real. Mesmo após o reboot de 2013, a Crystal Dynamics ainda constrói sua ficção baseada em uma lenda de uma história real. Para Rise of the Tomb Raider, Lara começará a busca pelos segredos da imortalidade rastreando uma cidade antiga que afundou em um lago russo séculos atrás.
Logo no início do processo de desenvolvimento, a Crystal Dynamics projetou uma ampla busca por diferentes mitos que ainda não foram utilizados em demasia por outras peças de ficção. No entanto, o estúdio tem que olhar para mais do que apenas o próprio mito; eles têm que pensar criticamente sobre o item que Lara estará indo atrás. O estúdio olha para a localização e a cultura ao redor de cada mito. Por exemplo, usando um mito definido dentro da Rússia exigirá que a equipe use a Rússia como localização do jogo e isso afeta outros aspectos do design do jogo, empurrando a equipe a construir uma tecnologia para replicar montanhas e neve. Se a equipe escolher um mito situado no interior das selvas da América do Sul, ele vai exigir um conjunto completamente diferente de desafios técnicos.
Ao escolher o mito de Rise of the Tomb Raider, a Crystal Dynamics teve outro fator para considerar. Como o núcleo da fábula do jogo iria amarrar as experiências de Lara no primeiro jogo? No reboot de Tomb Raider em 2013, Lara encontrou algo que nunca acreditou ser real: uma alma imortal. Ao retornar à vida civil, Lara não conseguia afastar as lembranças de Yamatai. Na verdade, a melhor maneira para ela lidar com o esse stress pós-traumático foi começando a pesquisar outros mitos sobre imortalidade. Encontrar outro mito sobre imortalidade para perseguir se encaixa muito bem com a grande meta-narrativa de Lara.
“Uma das coisas que amo sobre Lara é sua determinação, mas nesse momento ela é cultivada quase como uma obsessão enquanto ela pesque o segredo da imortalidade através do globo, olhando qualquer pista que possa validar o que ela viu”, diz o diretor criativo da franquia, Noah Hughes. “Ela está quase no fim da corda nesse ponto da história. Alguns destes mitos são verdadeiros entre as culturas. Há ecos sobre este mito em todo lugar. Mas só ela está ligando este segredo da imortalidade à cidade perdida de Kitezh.”
A lenda continua quando um príncipe mongol, chamado Batu Khan, invade Maly Kitezh. Georgy recua seu exército para Bolshoy Kitezh. Batu Khan rastreia Georgy de volta a cidade escondida e marcha contra ela. Curiosamente, os residentes de Bolshoyu Kitezh não fazem qualquer movimento para se defender dos invasores mongóis. Ao invés disso, toda a cidade começa a rezar e, antes de o exercício de Batu Khan pôr os pés na cidade, toda ela começa a afundar sob as ondas do lago das proximidades, levando todos os seus segredos para as profundezas. Hoje em dia se diz que apenas aqueles que são puros de coração e alma encontrarão seu caminho para Kitezh.
Nós teremos que esperar até o lançamento de Rise of the Tomb Raider no fim do ano para Xbox One e Xbox 360 para ver se Lara prova ser pura de coração, mas de qualquer forma, o deserto russo e túmulos escondidos irão desafiar essa engenhosa exploradora. Nós não sabemos o quanto da lenda de Kitezh a Crystal Dynamics irá recontar no jogo ou mesmo se Lara irá pôr os pês em ambas as cidades, mas eles escolheram um mito interessante e um pouco desconhecido, e estamos animados para ver como eles se conectam aos segredos da imortalidade.
O texto acima foi traduzido pela equipe do Lara Croft Brasil diretamente do site da GameInformer. Por favor, não utilize esta tradução sem os devidos créditos.