O site da revista Hobby Consolas postou um artigo interessante sobre reboots. O site utiliza Tomb Raider como exemplo de um reboot bem sucedido e você pode conferir parte da tradução do artigo logo abaixo.
Escrito por: Daniel Quesada – Chefe de seção da Hobby Consolas
Talvez seja um sintoma de falta de ideias ou as empresas querem arriscar cada vez menos, mas o ponto é que está se tornando uma prática comum dos reboots: dar um novo começo a franquias já conhecidas.
Muitos de vocês já jogaram o novo Tomb Raider e irão concordar conosco: a mudança foi para melhor. Lara Croft se converteu em um ícone no final dos anos 90, apaixonou milhares de jogadores e participou de aventuras cada vez mais ambiciosas. Tanto que a série começou a afundar em seu próprio peso. Com a ideia de surpreender o usuário cada vez mais acostumado com espetáculo, os novos lançamentos tentaram dar um torção entre jogo e personagem: se agora Lara é mais obscura, se em seguida lutar por sua família…
Por um lado, eles queriam manter o que fez sucesso no original, mas ainda tentando incluir algo novo no enredo e estéticas que eram pão para hoje e fome para amanhã. Com as novas gerações, o público começou a ignorar cada vez mais Lara Croft. Sua personalidade e sua aura se tornaram turvas e só haviam duas opções: jogar a toalha e deixar o mito quieto ou apostar em algo mais radical.
A ideia de um reboot
Não se tratava apenas de trazer coisas novas para a fórmula, mas de sentar em uma mesa, desconstruir a saga e discutir: qual era a verdadeira essência de Tomb Raider? O que foi capturado, de primeira instância, pelos jogadores? A partir daí, descartar todo o resto (incluindo a história até então) e começar de novo. Mas é claro que poderia ser rejeitado pelo público. E se a nova Lara não está à altura da antiga? As pessoas não perceberiam que se tratava do mesmo cachorro com uma coleira diferente?
Apesar dos riscos, a Crystal Dynamics estava convencida de sua aposta: pegaram o espírito de Lara, colocaram em um novo corpo (menos explosivo e mais expressivo) e que enfrentou desafios mais físicos, mais credíveis, voltou a verdadeira raiz e deixou para trás todo o resto. A jogada se saiu bem, mas não é por acaso: diferente das numerosas sequências anteriores, aqui o foco era claro, um desejo real de criar coisas novas sem medo de “profanar” o que já estava estabelecido.